Google habilita aplicativo para localizar pessoas no Japão pela internet
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Tóquio, 14 mar (EFE).- As autoridades do Japão elevaram neste domingo para quase 1,6 mil o número de mortos pelo terremoto e pelo tsunami de sexta-feira, enquanto mais de 10 mil pessoas continuam desaparecidas.
Nas últimas horas, 643 mortes foram confirmadas na província de Miyagi, a mais devastada pelo terremoto no nordeste do país, o que elevou para 1.596 o número de vítimas, segundo a televisão "NHK".
Algumas cidades litorâneas tiveram praticamente todos seus edifícios destruídos.
Em algumas áreas urbanas, como a cidade de Sendai, as equipes de resgate continuam encontrando corpos e os trabalhos se tornam difíceis pelas constantes réplicas do tremor e pela destruição causada pelo terremoto de 9 graus de magnitude na escala Richter que atingiu o país na sexta-feira.
As autoridades locais também buscam mais de mil moradores dos quais não se tem notícias desde sexta-feira na província de Fukushima, onde existe o risco de uma contaminação radioativa por causa de um escapamento de vapor em uma usina nuclear.
Quase 400 mil habitantes foram retirados da região e 100 mil militares e socorristas de 70 países trabalham para levar ajuda à população.
O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, qualificou o desastre como o pior que o país viveu desde a Segunda Guerra Mundial.
Ele anunciou que o Governo autorizará duas companhias elétricas a efetuar a partir da manhã desta segunda-feira (horário local) cortes de luz para garantir a provisão nas áreas afetadas.
Essas interrupções do serviço paralisarão parte da economia, sobretudo a indústria automobilística.
A Agência Meteorológica do Japão revelou no domingo à noite (horário local) que há 70% de chance de ocorrerem réplicas do terremoto de até 7 graus na escala Richter nos próximos três dias, e várias embaixadas recomendaram a seus cidadãos que não viajem ao país.