Quando observamos a obediência fluindo na vida dos que são chamados “cristãos”, percebemos a alegria invadindo a vida não somente deles, como a de todos os que estão à sua volta.
Ao lermos o texto de Atos, em que Filipe prega as “Boas Novas” em Samaria, contemplamos essa verdade se tornando uma realidade  na vida de muitos moradores daquela cidade.
E como acontecera  isso? De forma responsável, simples e cheia de unção!
Jesus foi anunciado e assim, muitos foram libertos de espíritos imundos e de enfermidades que  afligiam as suas vidas. Desse modo, ao se sentirem livres de todas essas dores, o coração encheu-se de  alegria, a ponto de fazer com que uma cidade inteira, vibrasse por sua libertação!
É tremendo pensarmos no poder que o evangelho tem de tornar novas todas as coisas. Jesus nos oferece perdão, salvação, restauração, libertação, paz, esperança e  alegria! E tudo isso, como consequência da graça e do amor de Deus.
Podemos imaginar como os primeiros cristãos deveriam se alegrar por poderem contemplar tantos milagres, tantas transformações, tanta alegria quando anunciavam o evangelho. Era tudo muito contagiante, compartilhado e repleto de comunhão! “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma [...]” (Atos 4.32.) Penso que cada conversão era um momento único, comparado ao que o Senhor nos descreve quando diz que há grande júbilo no céu por um pecador que se arrepende (Lucas 15.7). Dessa forma, portanto, esses testemunhos de vidas transformadas e transformadoras como a de nossos obedientes irmãos, deveriam nos incentivar, nos encher de alegria, pois tal como eles, também conhecemos Jesus!
Qual tem sido então a grande motivação de nossas vidas? Contagiar o mundo ao nosso redor para que o mesmo possa sentir a grande alegria que o encontro com Jesus produziu em nossas próprias vidas e na cidade de Samaria? Ou temos nos atentado apenas para as nossas próprias dores e aflições que fazem parte do nosso viver aqui, mas que são aliviadas pela presença constante do Senhor conosco?
Não podemos nos deter em nossa caminhada cristã como que aposentados na fé,estacionados no amor, não refletindo de forma contagiante a vida nova que o Senhor a todos almeja oferecer! Necessitamos nos revestir do ardor com que por nós intercede o Espírito e nos deixar levar por sua vontade que é boa e agradável, como o fez Filipe, de forma obediente, levando uma grande alegria a uma cidade necessitada.
Esse é o clamor do Espírito Santo: Sermos sal da Terra e luz do mundo! Sejamos, portanto, servos obedientes como o foram nossos irmãos e que possamos invadir as cidades com a  alegria do Senhor. E assim possam conhecer e reconhecer  a força, a esperança e a satisfação de Deus que se revelou para todos nós.
Então, disse o Espírito a Filipe: Aproxima-te desse carro e acompanha-o. Correndo Filipe, ouviu-o ler o profeta Isaías e perguntou: Compreendes o que vens lendo? Ele respondeu: Como poderei entender, se alguém não me explicar? E convidou Filipe a subir e a sentar-se junto a ele.” (Atos 8.29-31.)
:: Por Ana Lúcia Lemos
Igreja Presbiteriana do Recanto das Emas – DF